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As pessoas que discutem o problema da desobediência civil procuram responder às seguintes perguntas: Haverá razões morais que justifiquem a desobediência à lei? E teremos nós que obedecer sempre à lei? Muitas pessoas crêem que quando acham uma lei injusta devem fazer manifestações públicas e pacíficas para combater essa injustiça, dando a conhecer ao mundo as razões que as levam a agir desse modo, infringindo essa lei – desobediência civil. Os desobedientes civis não se manifestam segundo o seu interesse pessoal, uma vez que estes estão dispostos a sofrer as consequências dos seus actos. Agora perguntamo-nos que tipo de leis é que estão em causa. Quando falamos de desobediência civil, estamo-nos a referir às leis políticas de carácter moral, visto que a própria desobediência civil está ligada à ética. A desobediência civil é um problema que merece toda a nossa atenção, pois como já foi referido anteriormente, este é um problema que afecta muitas sociedades. A decisão de violar ou não a lei deve ser tomada com muito cuidado, pois terá consequências para todas as pessoas dessa sociedade ou até consequências mundiais. Por exemplo: a Revolução do 25 de Abril foi um movimento de desobediência à lei, e se os militares que iniciaram a Revolução não tivessem desobedecido à lei provavelmente ainda estaríamos numa ditadura. Neste caso, a violação da lei trouxe consequências muito positivas que afectaram uma sociedade, uma vez que todos os portugueses conquistaram o direito à liberdade de expressão que durante a ditadura não tinham. Neste ensaio pretendo defender que a violação da lei é moralmente admissível. Eu acredito que as pessoas devem-se opor às leis que consideram moralmente injustas e “lutar” para que estas mudem. Penso que só assim o Mundo pode evoluir. A violação da lei já provou ser moralmente admissível ao longo da história, quando centenas de pessoas desobedeceram à lei, como modo de protesto, para criar um Mundo melhor. Por exemplo, Martin Luther King