Setor Comercial Sul Brasilia
Fotos por Anderson Morais
A parte baixa do SCS — entre o Eixo Rodoviário e a via W-3 — reúne 106 prédios e, devido à concentração de empresas e escritórios, há mais de 30 anos tornou-se o local mais difícil de se estacionar, na cidade.
Não é um setor de varejo, na verdade. Exceto pela filial das Lojas Americanas (e mesmo esta), o comércio instalado no local volta-se principalmente para os escritórios, seus funcionários e clientes — predominando lanchonetes, restaurantes, papelarias, copiadoras etc.
Plano urbanístico
11 – (...) Em cada núcleo comercial, propõe-se uma sequencia ordenada de blocos baixos e alongados e um maior, de igual altura dos anteriores, todos interligados por um amplo corpo térreo com lojas, sobrelojas e galerias. (...).
Lúcio Costa, Relatório do Plano Piloto de Brasília
A transposição do relatório de Lúcio Costa para as plantas do Setor Comercial Sul manteve a sequencia de blocos baixos, quase todos de orientação norte-sul, formados por prédios unidos em torno de uma via de serviço em nível inferior.
Nas quadras 2, 4 e 6, os prédios têm 6 pavimentos (além do térreo e sobreloja). Na Quadra 3, têm
2 pavimentos e um terraço recuado. Na Quadra 5, nada além da sobreloja.
Todos os prédios avançam no piso superior (ou dispõem de marquises), formando extensas galerias que o pedestre percorre ao abrigo do sol ou da chuva, com lanchonetes e outras utilidades em lojas térreas.
Os cinco conjuntos de orientação norte-sul são atravessados por passagens amplas, de pé direito duplo, alinhadas para formar um extenso calçadão leste-oeste, do Eixo Rodoviário até a W-3.
Outros dois passeios percorrem as extremidades — não tão alinhadas — das sucessivas galerias. É significativo, em especial, o passeio norte, uma vez que ali as galerias são indispensáveis à travessia das vias de serviço em nível inferior.