servoço social

A violência social na escola e sua prevenção: o empoderamento dos alunos como estratégia

AMARO, S.¹*

¹ Assistente social, Mestre e Doutora em Serviço Social pela PUCRS.
UERGS – Rua Alegrete, 821. CEP. 95960-000. Encantado – RS [e-mail] ou [e-mail]

INTRODUÇÃO

A escola há muito não é mais representada como o lugar seguro de integração social, de socialização, não é mais um espaço resguardado, ao contrário, tornou-se cenário de ocorrências violentas [1]. Como num fogo cruzado, a escola está no centro dos problemas sociais conjunturais [4]. A questão pedagógica, antes central, divide as atenções de professores, pais e alunos com a violência manifesta em cenas cada vez mais presentes, como: a invasão das drogas na escola, o assédio ou a exploração da prostituição infanto-juvenil, o trabalho infantil, a briga de gangues, a violência racial e atos homofóbicos, em confrontos que vão rapidamente da agressão verbal à física. A comunidade escolar, especialmente professores e direção, contudo, não tem sabido guiar sua atitude no enfrentamento da violência e suas interfaces, em seu seio. Compartilhando dessa preocupação, tendo em conta a relevância e complexidade de sua problemática, proponho-me a refletir sobre o fenômeno da violência na escola, na perspectiva de sua superação e prevenção.

PROCEDIMENTOS E DISCUSSÕES

Um olhar sobre a questão da violência nas escolas

Atuar há mais de 10 anos no cenário educacional desenvolvendo ações junto a professores, funcionários, pais e alunos, em suas necessidades particulares e enquanto a coletividade que consagram, tem me permitido observar a interface do fenômeno da violência com pequenos atos e mensagens cotidianos. Nessa perspectiva, percebo que, especialmente o discurso e a prática de professores e diretores, bem como de pais ou responsáveis pelos alunos, acabam conduzindo a uma série de mensagens ambivalentes e contraditórias (que pretendem falar de paz e respeito e a