Servoço social e saude
O trabalho em tela tem como objetivo trazer de forma sintetizada o um breve resumo da pesquisa realizada por Vasconcelos no município do Rio de Janeiro a respeito da atuação profissional do assistente social no âmbito da saúde naquele município, os desafios, dificuldades e retrocessos no campo da saúde na atualidade. Através da pesquisa efetuada a autora constatou a grande dificuldade das (os) profissionais do Serviço Social na área da saúde em atuar de forma comprometida com a classe trabalhadora e com os usuários do SUS. Constatou-se um continuísmo do fazer profissional que se realizava antes da reforma sanitária e da instituição da política de saúde como política social universal e sobretudo, direito social garantido através da luta de classes. Para isso Vasconcelos pontua que grande parte dos profissionais pesquisados não realizava uma leitura da saúde como um direito e como objeto de luta de duas classes antagônicas que tentam alcançar objetivos distintos. De um lado os interesses dos usuários na efetivação de um direito amplo e do outro representantes do capital lutando pela atuação mínima das políticas publicas visando a manutenção e garantia do Status quo. Além disso, o grupo pesquisado desenvolvia uma atuação reducionista, tecnicista pautada no funcionalismo de suas ações. Articulando assim, uma atuação que responde aos ditames privatistas neoliberal que se contrapõem ao projeto de reforma sanitária e ao mesmo tempo ao projeto ético político da profissão. A esse respeito a autora pondera um grande retrocesso, pois o fazer profissionais no âmbito da saúde não está sendo compreendido como direito em construção e a relação com os usuários não esta pautada numa relação de luta e efetivação de direitos