Serviço social
SINOPSE
A vida numa das maiores penitenciárias do Brasil a Casa de Detenção de São Paulo, mais conhecdida por Carandiru. Um mundo feito de regras próprias e condições degradantes tal como foi apreendido por Drauzio Varella, um médico que visitou regularmente aquele estabelecimento no âmbito de um programa de prevenção da SIDA. A situação atinge um clímax dramático quando a repressão de um motim leva à morte de 111 detidos.
O filme Carandiru ostenta cenas nas quais se percebe que os vilões (os presos), são os mais inocentes.
Ali na prisão há criminosos, pedófilos, assassinos, traficantes. Existe sempre um motivo para estar ali. Na verdade, o interessante é o paradoxo enorme que se pode notar em uma parte do filme.
A revolta dos presos contra "mastigados e enlatados" é vista como rebeldia pelos policiais. Eles eram presidiários, porém nunca deixaram de ser pessoas.
Tiveram sempre uma vida miserável e estando ali trancados naquele presídio, não era de se assustar ao surgimento de uma rebelião.
O absurdo foi o desarmamento dos presos e o sucessivo extermínio daqueles que estavam fora de suas celas. Pelo que diz a lei, matar é crime.
Incontestantemente, os presos, naquele momento eram vítimas e os policiais, os únicos vilões. Hesitamos então em o que faziam aqueles vilões com o bem chamado liberdade. A justiça foi muito dissonante diante dos fatos ocorridos.
Incredulamente aceitável, mas convictamente dizendo, é interessante a vergonha que a nós se desfere quando vemos que dois animais de espécies diferentes podem se entender entre si, enquanto nós humanos, apenas procuramos mais e mais motivos para rotular as outras pessoas, descriminando muitas delas. Queremos ser superiores aos demais.
Extremamente complexo é ver casos em que os que merecem justiça, acabam sendo injustiçados. Talvez não só no Brasil, mas de justos injustos o mundo está cheio.
Tudo está ligado a tudo. "A verdadeira culpa,