Serviço social
Maria Ângela Silveira Paulilo*
Ivana Paula Furlan Rodolpho** | * Assistente Social, professora do Departamento de Serviço Social da UEL, doutora em Serviço Social pela PUC-SP.
** Assistente Social, especialista em Serviço Social pela UEL. | RESUMO
Este trabalho pretende analisar a desnutrição infantil enfocando seus aspectos nutricionais, sociais e de saúde, assim como as determinações socioeconômicas que contribuem para o seu agravamento.
Palavras chaves: fome, desnutrição infantil, qualidade de vida. À entrada da humanidade no século XXI, diante de avanços tecnológicos, de descobertas científicas e de todos os progressos do homem, um fenômeno milenar persiste e atinge segmentos cada vez maiores da população: a fome.Como expressão das desigualdades sociais, especialmente nos países em desenvolvimento, a fome leva à morte milhares de pessoas, que se tornam vítimas de um processo de exclusão que as priva, inclusive, do direito fundamental à vida. Estima-se que atualmente 828 milhões de pessoas sofrem de fome crônica, correspondendo a 13,8% do total da população de seis bilhões em todo planeta (MINAYO, 1985).Sempre presente na sociedade, diferenciando-se pelas proporções tomadas e pelas causas que lhe são atribuídas, a fome tem raízes históricas, relacionadas às formas de colonização e exploração sob as quais consolidaram-se algumas sociedades.Em seu sentido estrito, a palavra fome significa ausência de alimentação, independente das causas que provocam tal situação. Esta é, porém, uma definição limitada e imediata, que parte do princípio da individualidade, enquanto que a fome deve ser concebida como uma questão social e de caráter coletivo, considerada como uma condição física e biológica, com determinações políticas, econômicas e sociais.JONSSON (1986, p.50) conceitua a fome como a deterioração do estado de saúde e/ou desempenho produtivo e social de indivíduos resultante de uma ingestão de alimentos ou