Serviço social
A participação do clero no controle direto do operariado industrial remonta do surgimento das primeiras grandes unidades industriais, em fins do século passado (XIX). É viva a presença de religiosos no próprio interior dessas unidades, que muitas vezes possuíam capelas próprias, onde diariamente os trabalhadores eram obrigados a assistir a missa e outras liturgias. No plano sindical, com o apoio patronal, desenvolvem iniciativas assistenciais e organizacionais visando contrapor-se ao sindicalismo autônomo de inspiração anarco-sindicalista. No contexto internacional, o surgimento da primeira nação socialista (antiga União Soviética – URSS) e a efervescência do movimento popular operário em toda a Europa caracterizam o contexto de surgimento das primeiras escolas de serviço social naquele continente. A questão social vinha à tona e com ela a necessidade de procurar soluções para resolvê-la, senão minorá-la.
O capitalismo monopolista teve influência sim no surgimento da profissão de assistente social, na medida em que “a diferenciação e os antagonismos entre as classes se acentuavam e o desenvolvimento do capitalismo, em sua fase mercantil, introduzia significativas alterações na estrutura, relações e processos sociais”. Portanto, a estória do serviço social está claramente vinculada a mudanças que se estabeleceram no decorrer de vários séculos relacionados à efervescência de fatos sociais, culturais e econômicos provindos do capitalismo já citado acima, das revoluções industrial e francesa, lutas de classes, surgimento da burguesia, dentre outras coisas, “o que lhe imprime um movimento contraditório e complexo, que se expressa tanto por momentos de lentidão como por outros de intensa atividade, capazes de determinar uma repentina mudança na direção do fluxo histórico” e, ainda mais, “de promover a transição de uma época histórica e sua