Serviço social
A família como instituição socializadora de seus membros é o espaço de proteção e cuidado onde as pessoas se unem pelo afeto ou por laços de parentesco, independente do arranjo familiar em que se organize. Para fins do artigo entende-se família “enquanto um processo de articulação de diferentes trajetórias de vida, que possuem um caminhar conjunto e a vivência de relações íntimas, um processo que se constrói a partir de várias relações, como classe, gênero, etnia e idade”.
Nesta perspectiva, a família monogâmica teria sua origem na família sindiásmica e diferenciava-se desta por uma maior solidez dos laços conjugais e pelo fato de somente o homem ter a possibilidade de dissolver a união. Baseava-se na autoridade e poder do homem que tinha como principio fundamental a procriação de filhos cuja paternidade não podia ser contestada.
A evolução do sentimento de família aconteceu juntamente com o progresso da intimidade doméstica. Passou-se a separar a vida pública da vida privada, determinando locais específicos para cada tipo de relação, pois a sociabilidade não deixava espaço para a família, já que não existia uma separação entre a vida social, vida privada e vida profissional. Para que o sentimento se desenvolvesse era necessário um mínimo de intimidade. Isto acarretou mudanças na vida quotidiana e representou esta nova necessidade de privacidade.
2 DESENVOLVIMENTO
Analisando a história da família observa-se que ela passou por transformações ao ponto de gerar certo modelo a ser seguido- a família nuclear composta pelo marido, pela mulher e pelos filhos- onde o marido exerce uma autoridade sobre estes. Há uma clara distinção entre papeis e atributos dos homens e das mulheres. Por mais que hoje convivamos com outros arranjos familiares, este tipo de configuração familiar ainda é predominante. Romanelli2 (2003) aponta que, os tipos de organização da família são importantes para compreender as maneiras como esta administra o processo de