serviço social
O movimento de Reconceituação conhecido também como Reconceitualização do Serviço Social surge em toda a América Latina em 1930 até a segunda metade de 1960, nos países com desigualdades sociais. Foi criado para dar resposta aos questionamentos da sociedade ao serviço social tradicional, e para atendimento das reais necessidades da América latina, em confronto com governos imperialistas e capitalistas. Sendo assim, os autores observam que a ruptura não ocorre de imediato, mas tenta efetivar-se por um processo de construção, a partir de questionamentos e reflexões críticas acerca do conteúdo teórico-metodológico da prática profissional. Ao fazerem questionamentos sobre a dominação, os profissionais começaram a questionar também sua prática profissional. O movimento na América Latina influenciou o Brasil, mas este movimento em nosso país foi diferente, considerando a organização da categoria que buscou a fundamentação para a sua metodologia, teoria, técnica e operacionalização, também em função da realidade social com produção mais alargada e mais crítica das desigualdades sociais. Foi a partir dos anos 1960 que o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social passaram a ser questionados considerando a ocorrência das mudanças políticas econômicas e culturais configuradas no Brasil. Nos anos de 70 e 80 que este movimento realmente emergiu. Um dos fatores desse movimento de Reconceituação foi perda de níveis salariais das camadas médias da qual pertencia o Assistente Social, tendo como reação a sua inserção nos sindicatos. Os assistentes sociais além de melhores salários lutavam também contra a carestia e defendiam os moradores das favelas que precisavam de saneamento básico dentre outros. Com tal movimento também perceberam que não eram considerados profissionais liberais, mas pertencentes à classe trabalhadora.