Serviço social
Perguntar-se pelos indivíduos é perguntar-se por seu modo de subjetivação, isto é, como as condições de vida se internalizam na estrutura de personalidade. Em termos de Sartre, implica perguntar-se o que faz o homem com o que fizeram dele.
Não há pensamento a priori neste terreno que seja frutífero. É necessário atender a certos modos de subjetivação próprios de práticas sociais concretas e situadas. Por outra parte, fazendo eco da noção que indica que as Ciências Sociais trabalham com “objetos que falam” (Bourdieu, 1983) é impossível diferenciar a problematização do objeto de nossa disciplina: novos sujeitos que constroem ou redefinem, segundo se trate, novos objetos de intervenção.
A Teoria Social admitiu como constitutiva a ela a categoria de diferença, abrindo assim caminho a diferentes possibilidades de construção a este respeito. Em conseqüência hoje é saudável para o Serviço Social falar da construção teórica de seu objeto tanto de estudo como de intervenção, admitindo diferentes conceitualizações segundo seja o marco teórico que se tome como referência.
Portanto, afirma-se um processo de reconfiguração do campo profissional: a ele ingressam práticas e representações sociais que emergem em torno de situações conflitivas que atravessam os indivíduos ao vivenciar a ruptura de certas redes sociais, o qual põe obstáculos a realização de processos que satisfaçam seus desejos e necessidades (materiais-econômicas; culturais; sociais ou simbólicas). Tudo isso, qualquer seja o palco desde o que estes elementos participam na produção-reprodução da existência social e na distribuição do rendimento, que indica níveis diferentes de consumo. Afastando-me de posições economicistas, reconhece-se na atualidade que a posição no campo econômico é somente um dos eixos de integração ou exclusão: hoje cobram também