SERVIÇO SOCIAL
Nota: a descrição das ilustrações são de minha autoria, menos as frases dos personagens e legendas.
Ana Maria Ramos Estevão
O QUE É SERVIÇO SOCIAL nº 111
1984
Copyright © Ana Maria Ramos Estevão
Capa e ilustrações:
Miguel Paiva
Revisão:
José G. Arruda Filho
José W. S. Moraes
editora brasiliense s.a.
01223 — r. general jardim, 160 sãopaulo — brasil
ÍNDICE
Introdução 7
Das damas de caridade a Mary Richmond e a infância do Serviço Social 10
O feijão e o sonho: o Serviço Social descobre a luta de classes 28
O sonho acabou e o feijão está caro, o
Serviço Social põe os pés no chão 50
Do pobre ao cidadão . . . . ’. 58
Conclusão: novos horizontes 64
Indicações para leitura 6
"Entre nós, onde tão penosa função ainda não constitui meio de vida, pode-se acrescentar que a assistente social deve ser rica, bonita e alegre."
Plínio Olinto - 1939
"Nada do que é humano me é estranho."
A Pedro e Iracy, meus pais, por quem são.
A Júlia e Ivan Ramos Estevão, uma pequena gratificação pelo tempo a eles roubado, e para José
Carlos, porque sim.
p. 7
INTRODUÇÃO
"Assistente social é aquela moça boazinha que o governo paga para ter dó dos pobres."
Qualquer definição popular e até algumas definições dadas por profissionais sobre o Serviço Social contêm estes dois elementos: a moça e o pobre. Isto tem uma aparência de verdade, mas apenas aparência. As origens do Serviço Social estão fincadas na assistência prestada aos pobres, por mulheres piedosas, alguns séculos atrás. De lá para cá, apesar de muita coisa ter mudado, o
Serviço Social continuou sendo uma profissão essencialmente feminina, só que as ricas damas de caridade cederam lugar às filhas da