serviço social
Autora : Prof. Dr Kabengele Munanga(USP)
Resumo
O conceito de raça passou indicar a descendência, a linhagem por um grupo de pessoas que têm ancestral comum, que possuem algumas características físicas.
No século XVIII, a cor da pele era fundamental para a divisão da chamada raça, sendo assim a espécie humana dividida em três raças: raça branca, negra e amarela, sendo assim a cor da pele definida por melanina. Já no século XIX, acrescenta-se ao critério morfológicos como a forma do nariz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o ângulo facial, etc, aperfeiçoando a classificação.
O critério da cor da pele, os critérios morfológicos e químicos, deram origem a dezenas de raça ,sub-raças e sub-sub- raças. Os estudiosos chegaram há uma conclusão de que raça não é uma realidade biológica, mas sim apenas um conceito cientificamente inoperante para explicar a diversidade humana e para dividi-la em raças estancas, sendo biologicamente e cientificamente não existindo a raça.
È um conceito carregado de ideologia, escondendo assim uma coisa não proclama, a relação de poder e de denominação. Contudo, o campo semântico do conceito de raça é determinado pela estrutura global da sociedade e pelas relações de poder que governam. Os conceitos de negro, branco e mestiço não significam a mesma coisa nos Estados Unidos, no Brasil, na África do Sul, na Inglaterra, etc, por isso que o conteúdo da palavra é etno- semântico, politico- ideológico e não biológico. È a partir dessas raças fictias ou “raças sociais” que se reproduzem e se mantêm os racismos populares, pois para os geneticistas contemporâneos e biólogos molecular a raça não existe. Para os biólogos anti-racistas o conceito de raça seria retirado do dicionário e de textos científicos, mas o conceito raça faz parte vocabulário popular e dos estudos na área de ciências sociais.
A diversidade genética é essencial para que haja a