serviço social

O SERVIÇO SOCIAL E A TRADIÇÃO MARXISTA

A relação entre o serviço social e a tradição marxista irá ocorrer após a década de 60, antes disso evidenciam-se apenas a preocupação em torno das teorizações do serviço social.
Os primeiros contatos entre o serviço social e a tradição marxista ocorreram ao longo do processo de Reconceituação, que apostou na mudança profissional, propondo uma nova prática ao serviço social, porém, essa primeira aproximação com a tradição marxista ocorreu de forma equivocada sobre o pensamento de Marx e somente a partir dos anos 80 identifica-se a primeira incorporação bem sucedida da tradição Marxista para a compreensão do serviço social, consolidando um novo perfil intelectual ao assistente social.
O assistente social precisaria intervir profissionalmente, aplicando a concepção de prática social a prática profissional.
Os avanços profissionais são bastante visíveis nos códigos de ética de 1986 e 1993, em que vimos claramente a profissão deixando de ser teórica e passando a ser instrumento de intervenção prática, com consciência política e organização da categoria e negando os filósofos do neotomismo, que influenciaram os 3 primeiros códigos de ética da profissão.
Na revisão do código de ética de 1986 vê-se que é necessária uma maior qualificação profissional para o enfrentamento do clima de tensão provocada pelo espaço contraditório das classes antagônicas, de um lado, a classe dominante, e de outro, a classe dominada. Deste modo, a grande contribuição do serviço social é inserir a manutenção e implantação dos direitos sociais em relação à classe dominada.
No código de ética de 1993 são constituídos princípios fundamentais, como: a liberdade, cidadania, justiça social, democracia e garantia do pluralismo.
A tradição marxista no serviço social que coincide com o movimento de redemocratização da sociedade brasileira na década de 80, vai resultar em meados da década de 90 com a afirmação do debate em torno do projeto ético-político do