As duas autoras tem posicionamentos críticos e opostos no que se refere ao exame de proficiência. A primeira autora, Boschetti, se posiciona com argumentações críticas contra o exame, pois segundo ela o exame pode acirrar a competitividade e a livre concorrência, provocando ranqueamento de cursos e instituições. Além disso, favorecem a proliferação de cursinhos preparatórios, e responsabilizam os profissionais pela ausência de qualidade no ensino e pela omissão do Estado na sua avaliação. Na opinião desta o exame de proficiência pode, no máximo, avaliar parcialmente os conteúdos apreendidos durante o período de permanência na formação universitária. Já para Mavi Rodrigues, ela afirma que o debate sobre o exame surge com a criação de cursos à distância, meramente mercantis e sem qualquer mecanismo efetivo de controle pelo Estado, afirmando, ainda, que o exame seria capaz de garantir que a sociedade seja atendida por profissionais qualificados. A mesma tem uma preocupação também com os acadêmicos de Serviço Social, pois estão se formando muitos profissionais e o mercado de trabalho não terá suporte suficiente para agregar todos esses profissionais. Sendo assim, Mavi Rodrigues se posiciona a favor do exame de proficiência. Dessa forma, depois de estudar e analisar sistematicamente a opinião das duas autoras me posiciono a favor de Mavi Rodrigues. Concordo quando ela afirma que adotar o exame de proficiência não desvirtua o papel dos conselhos profissionais, sendo que constitui uma defesa legítima da profissão, visto que o número de profissionais tem aumentado em um número relevante e a maioria desses profissionais são formados por instituições privadas e E.A.D, haja visto, que muitas dessas instituições privadas e E.A.D não possuem mecanismos e suporte para garantir uma boa formação profissional.