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Esta percepção derrotista assume também a forma de localizar a América
Latina no polo negativo da dicotomia entre o moderno e o arcaico, entre o urbano e o rural, entre o progresso e o atraso. Progresso passou a ser, inclusive, uma das categorias fundamentais do pensamento das classes médias latino-americanas, em muito influenciadas pelo pensamento positivista. O positivismo colocava como meta histórica da civilização o desenvolvimento da indústria, da tecnologia e da ciência, cuja implantação seria o resultado da ação de uma classe industrial.
Este progresso que a América Latina não conseguia protagonizar será visto, na segunda metade do século XIX, como o resultado da importação do conhecimento científico e das tecnologias e não como o desenvolvimento próprio e autônomo das mesmas. Esta ideologia do progresso refletia o ponto de vista das classes médias que buscavam estar ao passo com os setores médios e as classes dominantes dos países centrais para os quais a América Latina exportava e dos quais ela importava.
Essa visão dicotômica começará a ser revista entre as décadas de 20 e 30 deste século, quando se consolida a perspectiva de industrialização da região. Em conseqüência começam a reformular-se esses pares dicotômicos.
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Nas décadas de 40 e 50, desenvolve-se o pensamento da CEPAL
(Comissão