Serviço social
Os Assistentes sociais pretendem ser os intelectuais orgânicos do proletariado, segundo Fialho numa identificação com o que descreve Gramsci, eles têm o papel de investigar, educar, organizar a hegemonia, coerção e conciência de classe. A prática se renova politicamente definida superando a burocracia e as tendências empiristas, o desconhecimento do saber popular e a alienação do povo.
Assistente Social, é então o profissional da coerção e do consenso, atuando em programas sociais, que as vezes mantém os individuos sob controle (coerção), como no caso de atuação na administração de pessoal planejando ações voltadas para a humanização das relações de trabalho, pode servir para atenuar insatisfações e esvaziar o potencial organizativo e reinvidicatório.
Mas o papel do intelectual pelo Assistente Social tem sido instrumental, de difundir teorias e ideologias, de articular as classes trabalhadoras na órbita das instituições da classe dominante, principalmente atuando na organização da hegemonia, na educação, o que pode levar o Assistente Social a ter um papel de coerção das classes, ou mediador dos serviços sociais, buscando o consenso. Assim, o profissional vive uma ambiguidade em que incorpora a utopia reformista conservadora de cunho humanitário-cristão e a tensão com resultado de sua prática, onde se percebe também como um trabalhador assaláriado. Outro fator é o perfil da profissão, que é predominantemente feminino, o que incorpora os esterióticos do papel de mulher na sociedade