Serviço social
Júnia Teixeira da Costa*
A idéia deste trabalho surgiu das inquietudes da vivencia profissional como assistente social. A pergunta, como lidar com o usuário de drogas está presente nas diversas áreas de atuação, seja no atendimento social, em reuniões clínicas de equipe, em encaminhamentos, orientações, consultorias e capacitações. Não são apenas pessoas que se relacionam diretamente com o usuário de drogas que tem esta indagação, profissionais de diversos seguimentos também encontram dificuldades no trato com o dependente químico. Desafiador é formular a resposta. A formação de conhecimento linear exige uma resposta objetiva e resolutiva, ou seja, uma fórmula a ser seguida. Este trabalho tenta mostrar o desafio de buscar uma resposta de uma questão que envolve a complexidade e a imprevisibilidade do processo de uso de drogas associado à possibilidade de co-construção de alternativas. O foco será a experiência com a família do usuário, mesmo assim será importante pontuar articulações das proposições para o enfrentamento da questão do uso de álcool e drogas É um problema de saúde pública, associado à criminalidade e práticas antisociais, acometendo as pessoas de diversas maneiras, por vários motivos em diferentes ambientes e situações. Os profissionais da saúde, da educação, do judiciário, da segurança e da assistência social vivenciam este questionamento no cotidiano de suas atividades. O fato do uso de substância psicoativa ser um fenômeno crescente nas diversas organizações sociais leva - nos a considerar a complexidade das relações sociais, das interferências e implicações do abuso de drogas. Este é um questionamento presente em vários setores da sociedade, pois dependência química atinge dimensões biopsicossociais/saúde, criminalidade e políticoeconômicas. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime uma agencia da Organização das