Serviço social
Serviço Social: uma profissão, seus contrastes e contradições
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O Assistente Social (...) dispõe de um poder, atribuído institucionalmente de selecionar aqueles que têm ou não direito de participar dos programas propostos, (...)ao mesmo tempo em que procura garantir dessa forma, o emprego “racional” dos recursos disponíveis. A demanda está orientada, também, no sentido de contribuir para potenciar e agilizar os atendimentos, (...). Devido a proximidade com o usuário, o Assistente Social é tido como o agente institucional que centraliza e circula as informações sobre a situação social dos clientes para os demais técnicos e para a entidade, e as informações sobre o funcionamento desta para a população. A estas atividades é acrescida outra característica da demanda: a ação de persuadir (...) a esta se soma a ação “educativa” que incide sobre valores, comportamentos e atitudes da população(...). (...) Tem como instrumento privilegiado de ação a linguagem.(...) Trata-se de uma ação global de cunho sócio-educativo ou socializadora, voltada para mudanças na maneira de ser, de sentir, de ver e agir dos indivíduos, que busca a adesão dos sujeitos. (...) Sendo o Assistente Social um técnico em relações humanas por excelência (Iamamoto, 1983, p. 114-115 e 117).
1 – O surgimento de uma profissão Existem diferentes formas de contar o mesmo fenômeno. Com o Serviço Social não é diferente. Apesar de existir consenso quanto ao período do seu surgimento, os autores dão diferentes interpretações acerca dos motivos que levaram ao surgimento da profissão. Alguns a vêem como evolução da assistência aos pobres, que sempre existiu na história da humanidade (Martinelli, 1991). Outros descartam a perspectiva de evolução e assinalam que, mesmo se, à primeira vista, o Serviço Social parece uma forma de assistência melhorada e sistematizada, seu surgimento não foi um fenômeno de evolução, mas resultado de uma complexa rede de fenômenos