Serviço social
Livro – Identidade e Alienação, Maria Lúcia Martinelli.
Prefácio
Nas últimas décadas, fica-se impressionado com o dinamismo e a fecundidade do projeto de reconceituação, ao qual se propôs a área do Serviço Social. Esforço que o Serviço Social faz para se repensar pelas raízes constituindo-se num processo epistemológico e crítico.
O Serviço Social vem buscando fazer seu acerto de contas com o capitalismo, pondo a limpo todas as múltiplas determinações que, enquanto modo de produção, impôs como configuração cultural dessa área.
Isto implica a tomada de consciência da origem do Serviço Social no âmago do projeto político da burguesia capitalista emergente,tendo sido criado como uma estratégia de intervenção amortecedora no tecido social, com vistas a evitar um conflito direto com o proletariado.
O Serviço Social se propõe, através de seus agentes críticos, a questionar sobre o sentido de sua intervenção na sociedade motivação mais profunda que têm incentivado e alimentado esse debate de reconceituação e que atinge profundamente a consciência do profissional da área.
Martinelli busca apreender a identidade desse profissional, ao mesmo tempo que, expõe suas alienações, sob o forte impacto de uma questão radical, diante da lógica do capital, que dar lugar a um uma categoria sem identidade própria e reprodutora de uma prática reificada, produzida pela cultura dominante, e sem nenhum potencial de transformação da realidade – identidade falsa atribuída pelo capitalismo.
Para a superação dessa contradição, supõe-se resgatar a identidade desse profissional, identidade considerada como elemento definidor de sua participação na divisão social do trabalho e na totalidade do processo social.
O Serviço Social é uma categoria política e sócio-histórica, que se constrói na trama das relações sociais, no espaço social mais amplo da luta de classes e das contradições que engendram e são por ela