Serviço social
Os anos 90 trouxe desafios para a profissão de Serviço social. A crise do capital tem provocado grandes impactos na questão social contemporânea, notadamente no que diz respeito ao agravamento das condições de vida e o aumento das desigualdades.
A questão social no Brasil é marcada pelo embate entre as forças do capital e as forças sociais comprometidas com a emancipação humana. O Serviço Social, como profissão inserida nesse cenário possui uma funcionalidade no sentido de gerenciar as múltiplas tensões presentes nesse contexto. Vivencia-se a partir dos anos 90 um processo de reconceituação do Serviço Social, em que se discute a sua formação, dentro das diferentes orientações e matizes teóricos trocando interlocuções com conhecimentos das Ciências Sociais.
A partir da década de 90, com o fim da ditadura, o Brasil passa por um processo de fortalecimento da cidadania por meio de dispositivos legais como o Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Lei Maria da Penha e outros, que representam a consolidação de direitos inéditos na história do país.
Entende-se que os profissionais de Serviço Social assumem, inevitavelmente, posturas ético-políticas reconhecendo-as ou não. O que está em discussão é a necessidade de refletir racionalmente sobre a profissão, buscando aliar uma prática consciente com uma formação intelectual.
Historicamente, como afirmam Iamamoto e Carvalho (2005) o processo de legitimação e institucionalização da prática profissional dos assistentes sociais no Brasil, deu-se com o advento e desenvolvimento das grandes entidades assistenciais – estatais autarquias ou privadas – na década de 1940, quando os conflitos sociais entre a classe burguesa e a classe operária se intensificaram e passaram a exigir outros meios de intervenção. A essa época, a filantropia e a repressão já não resolviam esses conflitos.
O papel do Serviço Social a essa época era