Serviço Social e Questão Social: Alienação e Conscientização
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Esse resumo é fruto de uma metodologia desenvolvida na disciplina de Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos do Serviço Social II, da Universidade Federal do Pampa, campus São Borja. Ele foi elaborado com base em leituras bibliográficas da disciplina, discussões em sala de aula, com aulas expositivas e dialogadas, através de trabalhos individuais, em grupo e estudos dirigidos. Também ocorreram rodas de discussões sobre o tema e aulas exclusivas para a elaboração do resumo. Ele apresenta, de forma breve, as origens e a trajetória histórica do Serviço Social no Brasil, e busca problematizar a questão de como os assistentes sociais eram alienados e alienantes as suas atitudes frente à questão social. Durante as discussões, compreendemos que Serviço Social surge no contexto histórico em que se consolida o modo de produção capitalista, produtor do antagonismo entre a burguesia e o proletariado, com a finalidade de mascarar o conflito entre essas classes. Os problemas sociais como fome, desemprego, violência eram concebidos pelos assistentes sociais de forma descontextualizada e a intervenção era direcionada para trabalhar a mudança de atitudes dos usuários na perspectiva de ajustamento social. Os assistentes sociais atuavam com o objetivo de contribuir para os usuários visualizarem que o Estado preocupava-se com suas demandas, como se o capitalismo tivesse uma face “humanitária” e justa, individualizando a “questão social” e culpabilizando os sujeitos sociais. Concluímos que, para a burguesia a intervenção dos assistentes sociais tinha a finalidade legitimar o modo de produção capitalista. Portanto, a prática dos primeiros assistentes sociais era permeada pela “ilusão de servir”, porque eles achavam que estavam atendendo as demandas das classes populares, mas na verdade eles estavam atendendo os interesses da burguesia. Compreendemos que os profissionais estavam com uma identidade atribuída pela burguesia e sua prática