Serviço social: a ilusão de servir
Capitalismo industrial e a polarização social
Werner Sombart, economista alemão, parte de uma concepção idealista e considera que o capitalismo, como forma econômica, é criação do “espirito capitalista”, o qual por sua vez constitui uma síntese de espírito empreendedor e racional. Assim, a gênese do capitalismo e seu aparecimento no cenário histórico devem ser tributados ao desenvolvimento de estados de espírito que, inspirando a vida de toda uma época, produziram formas e relações econômicas que caracterizam o sistema capitalista. Em épocas diferentes, sempre reinam atitudes econômicas diferentes; é esse espírito que tem criado a forma que lhe corresponde e com isso uma organização econômica. Tanto os registros históricos disponíveis como as opiniões dos historiadores a respeito permitiam que se concluísse que o capitalismo, como uso aquisitivo do dinheiro – portanto não como sistema histórico especial -, antecedera em muito a Reforma, berço do protestantismo.
O capitalismo é um sistema de atividades econômica dominado por um certo tipo de motivo, o motivo lucro. Este pode ser entendido como a relação existente entre produção e consumo de bens ou, para ser mais exato, a extensão da rota percorrida pelos bens, ao passarem do produtor ao consumidor.
A essência do capitalismo deixa de ser buscada na natureza das transações monetárias ou em seus fins lucrativos; o capital não é mais encarado como uma coisa e a modalidade de propriedade dos meios de produção ganha novo sentido.
O modo de produção capitalista definia, assim, relações sociais entre os homens, e entre estes e as forças produtivas, relações mediatizadas pela posse privada dos meios de produção. Definia também, como consequência, uma nova estrutura social, pois a concentração da propriedade dos meios de produção nas mãos de uma classe que representava apenas uma minoria da sociedade determinava o aparecimento de uma outra classe, constituída por aqueles que nada