Servi o Social contempor neo
De acordo com Netto (1996), apesar da ruptura com o histórico conservadorismo e da legitimidade alcançada pelo pensamento marxista, o Serviço Social brasileiro dos anos 90 sofre influência de outras correntes teórico-metodológicas, singularmente do pensamento pós-moderno e neoconservador, bem como, das teorias herdeiras da "perspectiva modernizadora", caracterizadas por seu caráter sistêmico e tecnocrático.
Diante da nova conjuntura de reestruturação do capital, instituída a partir do neoliberalismo, na qual o capital passa a exigir novas formas de sociabilidade e uma nova postura do Estado diante da sociedade, verifica-se o caráter emergencial das políticas sociais - bases de sustentação do Serviço Social - que se apresentam como: focalistas, pontuais e fragmentadas, perdendo dessa forma, seu caráter de universalidade. Tudo isso rebate diretamente no trabalho do assistente social, pois se tem um agravamento das expressões da questão social, que é objeto de intervenção deste profissional e uma maior procura por serviços sociais, cujos novos "critérios de seletividade" restringem o acesso aos direitos sociais. (Santos, 2007).
Sendo assim, a mesma autora, acrescenta ainda que é de suma importância, que
"o assistente social se atente a este processo, que em nome de uma suposta modernidade reintroduz políticas de cunho conservador e a refilantropização da profissão, que naturaliza e banaliza as expressões da "questão social", assim como resgata o caráter assistencial e caritativo da profissão. Nesta direção, a grande preocupação do Serviço Social não é somente se posicionar frente ao conservadorismo, mas resistir à ordem e fortalecer as bases teóricas orientadas pelo marxismo, que colidem com as bases filosóficas do pensamento pós-moderno"
Neste sentido, o profissional de Serviço Social, é desafiado a atuar formulando políticas públicas, se inserindo em equipes interdisciplinares e atuando no âmbito da