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Em virtude de um quadro natural heterogêneo (planalto da Borborema, planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba, planícies e tabuleiros litorâneos, depressão sertaneja e do São Francisco, além de clima semi-árido com caatinga e tropical com cerrado, matas atlântica e dos cocais, restingas e mangues), a região é subdividida:
Zona da Mata: do Rio Grande Norte à Bahia possui clima úmido, solo fértil e vegetação exuberante substituída por lavouras. É turística, urbano-industrial e produtora de petróleo; Agreste: faixa de transição entre a Zona da Mata e o sertão, com intensa atividade agropastoril, minifúndios e muito povoada; Sertão: clima semi-árido e caatinga, solos rasos e assolado pela seca, mas possui boas condições para a agricultura no vale do São Francisco; Meio-norte: faixa de transição entre o sertão e a Amazônia, destaca-se pela rizicultura irrigada e pelos babaçuais.
Das sub-regiões, a Zona da Mata é a mais visitada e o sertão é a mais falada. Afinal, apesar da cultura, do turismo, do petróleo, do açúcar, a imagem mais recorrente do Nordeste é a da seca.
O interior nordestino, em que pese o "boom" econômico (com projetos de irrigação no vale do São Francisco e a instalação de indústrias), ainda é uma área pobre por conta, dizem, da seca. O sertanejo, ainda um forte, sempre conviveu com esse flagelo. Não é de hoje que as vítimas das secas morrem de fome, de doenças e migram para outras regiões. A seca é como um filme de terror constantemente reprisado: a região não tem peso político e econômico, fica longe dos centros de poder e é dominada por elites que ainda acreditam no pacto colonial e que, para garantir terras e votos (não somos uma democracia?), controlam privadamente a água pública e desviam recursos.
O sertanejo é vítima dos projetos inúteis, mirabolantes