Serie iniciais
As origens das corporações de ofício são controvertidas, mas as razões para o agrupamento são claras: * Religiosas: havia desde o século X as confrarias, que são associações profissionais de pessoas para o culto do santo patrono e para a caridade recíproca entre seus membros. * Econômicas: procuravam garantir o monopólio de determinada atividade. * Político-sociais: com a plebe de artesãos tentando se organizar diante do patriciado mercador que detinha o poder na cidade.
Cada corporação agregava pessoas que exerciam o mesmo ofício. Eram elas as responsáveis por determinar preços, qualidade, quantidades da produção, margem de lucro, o aprendizado e a hierarquia de trabalho.
As corporações de ofício delimitavam suas áreas de atuação de forma restrita, de modo que não existia sobreposição de competências, por exemplo, uma alfaiataria não poderia consertar roupas, assim como uma oficina de conserto não tinha permissão de confeccionar peças novas.
Artigos de primeira necessidade (pão, vinho, cerveja e cereais) tinham preços sujeitos a regulamentação. Para outros produtos, como ferro e carvão, vigorava a liberdade de preços. A remuneração dos trabalhadores também era regulamentada, a exemplo das leis opressoras em Londres, ao final do feudalismo à época dos Cercamentos Ingleses.
Transplantadas da Europa, as corporações tomaram formas próprias no Brasil, em virtude da predominância do trabalho escravo, da indústria caseira, da escassez de artífices livres e da própria estrutura comercial local. Porém preservaram algumas funções de seu papel inicial elaboradas no "Velho Continente".
As corporações