Serguei Eisenstein
Serguei Mikhailovitch Eisenstein nascido em Riga (Letónia) em 23 de janeiro de 1898 e morreu em 10 de fevereiro de 1948) foi um dos mais importantes cineastas soviéticos. Foi também um filmólogo.
Participou ativamente da Revolução de 1917 e da consolidação do cinema como meio de expressão artística.
Para Eisenstein o cinema é essencialmente fragmento e montagem. Se o objectivo principal do cinema é agir sobre a mente dos espectadores de modo a levá-los a reconhecer a realidade do seu papel na realidade sócio-histórica, então as formas de montagem que o realizador pesquisa são aquelas que conduzem à consecução daquele objectivo.
No ensaio a “Dramaturgia da Forma do filme”, Eisenstein define a forma como uma filosofia dialética cujo ponto fundamental é questão do “conflito”, e se coloca contra a simples justaposição de segmentos singulares ou de intervalos ritmados. Para ele, duas imobilidades seguidas engendram um conceito de mobilidade, porém, mecanicamente. Isto é, cada elemento não está ao lado, mas por cima do outro. Ele define que o movimento nasce no processo de superposição da impressão conservada da primeira imagem, ou seja, não é mais a justaposição, mas a superposição de imagens – o conflito entre elas – que cria a sensação de movimento e este movimento gera um novo conceito. Por fim, constrói a ideia da prática significante no cinema como tripla dinamização: do emocional, do material e do intelectual.
Métodos de montagem
Eisenstein codificou diversos métodos de montagem que encontrou na sua atividade criativa.
A montagem métrica: é o tipo mais primitivo e mecânico. Eisentein compara o processo ao compasso musical consistindo a realização na repetição desses “compassos”. Para obter um efeito de tensão diminui-se o tamanho dos fragmentos mantendo a proporção entre eles, produzindo uma aceleração mecânica. Isto provoca no espectador uma poderosa força motivadora que chega a fazê-lo ter movimentos imitadores na cadeira onde está