Ser
A grama verde se perde no meu campo de visão,
O arfar do meu corpo se perde no ar que passa por cima de minha cabeça,
Sigo caminhando como se as coisas não se importassem,
Calça rasgada, camisa regata e joelhos ao chão.
O silêncio ocupa minha mente e fico em abstenção,
É quieto lá dentro
É forte por dentro e inabalável.
Os homens se movem atrás de mim e em um segundo tudo parece voltar ao normal,
A grama verde está no meu campo de visão
Mas todos os outros me seguem,
Meu olhos estão cerrados e meu corpo vibra de um lado para o outro
Sinto uma liberdade que colam as coisas novamente
Dão vida as coisas como se as coisas
Inanimadas por si próprias
Fossem almas vibrantes.
Cerro os meus olhos e viro as esquinas
Cerro os meus olhos e volto ao campo de verde
Cerro os olhos entro no carro e sorrio para o motorista
Cerro os olhos e caio pela manha do carro ao chão,
É uma grama forte
Ela cheira a terra fresca.
Cerro os meu olhos e me perco em visões
Me crio, desconstruo e controlo o meu ser
Nada sei, nada vejo, nada sinto
Apenas sou.
Rhanielly Pereira do Nascimento Pinto
E.R.N.E.S.T.O
Suas pernas tremiam
E seu corpo de imediato fora ao chão.
Estava em choque,
Meio verde, amargo,
Como limoeiros velhos e secos.
A camisa era azul, de botões,
Linho precário.
A calça, branca dessas feitas com sacos de batata.
A maresia lhe tampava o respirar,
A areia por entre os dedos dos pés queimava-os
A ventania o embaraçava os cabelos.
Estava em estafa.
Caído na beira da praia lá ele estava,
-E.R.N.E.S.T.O, filho venha comer!
Era uma mãe que impedia o filho de crescer…
Coitada! Perdera E.R.N.E.S.T.O para o mar,
Fitava as embarcações, meninas-moças (turistas)
Fitava as ondas do mar.
Coitada!
E.R.N.E.S.T.O pula as ondas e dança com as moças.
Está nas embarcações!
Coitada, perdera E.R.N.E.S.T.O para o mar.
Rhanielly. P 30/12/14
A.N.A
- 18:00
Olhava-o por entre as cercas de bambu talhado,
Os meninos gritavam dentro de casa,
Mas…
Mas Ana nem ouvidos tinha a dar.
Observava os