Ser vivo não trangênico
O primeiro produto do mapeamento é o milho. De acordo com Ivan Paghi, diretor-técnico da Abrange, o milho teve a preferência porque sua procedência é pouco conhecida no mercado, além do que “vale a pena iniciar o monitoramento por uma cultura em que se estima ter um menor número de produtores que a soja, por exemplo”. A Abrange acredita que hoje há pouco mais de 500 plantadores de milho não-transgênicos no país, espalhados principalmente nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Até o momento foram verificados 20 produtores. A verificação total não tem prazo fixo para terminar, já que a plataforma web será aberta para inserir novos produtores e retirar aqueles que deixarem de ter a produção do grão convencional. Após o lançamento da ferramenta web do milho, serão iniciados, em paralelo, os monitoramentos dos produtores de algodão e soja. Os três produtos foram escolhidos para o mapeamento porque têm sua versão geneticamente modificada liberada no Brasil.
A busca pelos produtores de não-transgênicos será apoiada também pelas secretarias de Agricultura dos estados, que vão divulgar o serviço nas associações de agricultores das cidades. O produtor interessado em fazer com que sua plantação seja inserida na plataforma da Abrange terá de se submeter à verificação de transgenia (avaliação biológica/química para saber se o grão é transgênico). O serviço é gratuito e o monitoramento completo leva de três a quatro meses. Cerca de dez técnicos vão a campo realizar um único rastreamento.
Na prática, a verificação para saber