Separação incorreta do lixo dificulta reciclagem
A reciclagem movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano. Mas o Brasil ainda perde outros R$ 8 bilhões por não reaproveitar os resíduos que são destinados aos lixões ou aterros controlados. O descarte correto dos resíduos sólidos é fundamental para o processo da reciclagem e para evitar uma série de prejuízos ao meio ambiente e à população, como a poluição visual, do solo, do ar e do lençol freático, além de danos à saúde humana.
Dependendo do método utilizado, o material deixa de ser resíduo e passa a ser rejeito. Dessa forma, não pode mais ser reaproveitado. O descarte correto dos resíduos é mais simples do que se imagina. É essencial separar os secos (plásticos, vidros, papelão, etc.) dos úmidos (orgânicos, como resto de comida). Se os resíduos são misturados, em geral, apenas 1% pode ser reciclado. Se há a separação correta, obtemos 70% de reaproveitamento ou mais.
Cerca de 4 mil instituições que oferecem soluções na gestão de resíduos estão cadastradas no E-lixo Maps, desenvolvido pelo Instituto Sergio Motta, que cadastra e mapeia as organizações que reciclam lixo eletrônico. O serviço, surgido inicialmente para atender à cidade de São Paulo, já foi ampliado para todo o Brasil.
Eletrônicos também são recicláveis
Segundo uma estimativa da Organização das Nações Unidas, os brasileiros produzem cerca de 360 mil toneladas de lixo tecnológico (TVs, computadores, celulares etc.). Os eletrônicos possuem metais pesados altamente tóxicos, como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, que liberados em um aterro podem contaminar o lençol freático e poluem o ar se forem queimados. Muitos desses componentes eletrônicos podem ser reciclados. Os minerais presentes neles, por exemplo, são aproveitados e isso diminui a pressão por mineração, uma atividade econômica com potencial para causar grande dano ao meio ambiente.
Onde encontrar postos de reciclagem:
CEMPRE
E-lixo maps
Descarto Certo
Classificação de