Sentimento de justiça
Os órgãos legislativos e judiciários, tendo como meta o ideal da Justiça, incorporaram nos seus procedimentos noções e conceitos de outras áreas do conhecimento, o que transformou as práticas destes órgãos.
Constituiu-se então uma nova área de prática dos psicólogos: a psicologia jurídica. Denominação ampla e pouco definida, a aplicação da psicologia ao espaço jurídico ainda suscita desconfianças e incômodos. Afinal, por que a Justiça precisa do trabalho do psicólogo ?
A primeira resposta a esta questão remete às primeiras formas de aplicação do saber psicológico à instituição judiciária. Historicamente, a primeira demanda que se fez à psicologia em nome da Justiça ocorreu no campo da psicopatologia. O diagnóstico psicológico servia para melhor classificar e controlar os indivíduos. Os psicólogos eram chamados a fornecerem um parecer técnico (pericial), em que, através do uso não crítico dos instrumentos e técnicas de avaliação psicológica, emitiam um laudo informando à instituição judiciária, via seus representantes, um mapa subjetivo do sujeito diagnosticado. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98931998000100004&script=sci_arttext&tlng=en
MOSTRAR OUTROS MEIOS DE RESOLUÇÃO DE JUSTIÇA
A proposta de uma Justiça Restaurativa que desafogue o Poder Judiciário e ao mesmo tempo permita uma participação real e efetiva da sociedade na mediação de delitos entre vítimas e transgressores podem ser uma das alternativas factíveis para o abrandamento do estado de violência por que passa a sociedade brasileira.
A pesquisa induz a uma reflexão de que a justiça restaurativa possa amenizar a fragilidade da atual justiça criminal, desde que estudada com rigor metodológico, ou seja, enfatizando o conhecimento científico sobre o tema, afastando o senso comum de supressão do atual modelo ou inferiorizando a dimensão do conhecimento empírico. Conclui-se que a justiça restaurativa, se bem aplicada, pode constituir um importante