Senso comum
O senso comum é um saber que nasce da experiência cotidiana, da vida que os homens levam em sociedade. É, assim, um saber acerca dos elementos da realidade em que vivemos; um saber sobre os hábitos, os costumes, as práticas, as tradições, as regras de conduta, enfim, sobre tudo o que necessitamos para podermos orientar-nos no nosso dia a dia: como comer à mesa, ligar a luz de uma sala, ligar a televisão, como fazer uma chamada telefônica, pegar uma condução, o nome das ruas do bairro onde moramos, etc.
O senso comum está presente em todas as sociedades e em todos os indivíduos, mas ele sofre variações de acordo com a sociedade e sofre mudanças ao longo do tempo, variando também de acordo com a cultura e região.
O senso comum como princípio da sociabilidade, é o que rege a norma de conduta para que se funcione como uma sociedade. Ele é o princípio de equilíbrio, essencial para toda sociedade, entre a dimensão do indivíduo e a dimensão do coletivo, ou dito de outra forma, da sujeição do indivíduo às normas de vida coletiva.
O senso comum é também o senso tradicional, ou como costumamos dizer: “sempre foi assim”, “sempre se fez desse jeito”, para justificar algum procedimento quando nos criticam.
O senso comum inclui conhecimentos práticos (aquilo que se chama saber-fazer, como por exemplo saber cozinhar um ovo ou saber costurar um botão), mas estes são apenas uma parte e não a totalidade do senso comum.
O senso comum inclui também conhecimentos que não são práticos. Nomeados, conhecimentos de ideias – aquilo que em Filosofia se chama conhecimento proposicional ou “saber que”. Por exemplo: saber que no Brasil se pode votar a partir dos 16 anos, saber que açaí mancha a roupa, etc.
Por outro lado, o senso comum inclui também superstições (crenças falsas e sem qualquer justificação plausível, como por exemplo: acreditar que ver gatos pretos traz má sorte, ou acreditar que comer manga e beber leite faz