senso comum e conhecimento científico
Estes estímulos são organizados internamente num contínuo a que chamamos experiências de vida.
No entanto, para que algo se constitua verdadeiramente como uma experiência é necessário que aquilo que vivemos (ou experimentamos) se torne algo significativo, isto é, seja destacado do fluxo dos acontecimentos quotidianos e possa mais tarde ser recordado e referido como tal, permitindo-nos também relacionar esta experiência com outras.
Para que haja uma efectiva experiência é pois necessário que esta seja objecto de uma reflexão, dando assim origem a saberes baseados em experiências significativas.
É fácil perceber que os saberes práticos, como o saber fazer algo, estão ligados a experiências. Existem todavia outros saberes, como os chamados saberes teóricos (ciência, filosofia, etc), cuja ligação à experiência nem sempre é tão evidente, mas não deixam de ser igualmente importantes.
O progresso das sociedades humanos assenta neste conjunto de saberes que foram sendo criados, acumulados e transmitidos ao longo das sucessivas gerações.
O termo saber é utilizado frequentemente como sinónimo de conhecimento, e aplica-se a multiplicidade de saberes: saber vulgar, saber científico, saber filosófico, saber religioso, etc.
2. Conhecimento Vulgar (Senso Comum)
Este é o nível mais básico do conhecimento constituído a partir da apreensão espontânea e imediata da realidade.
2.1. Caracterização do senso Comum
O nível mais elementar de conhecimento designa-se por senso comum ou conhecimento vulgar:
Características básicas:
a) Saber Imediato. Nível mais elementar do conhecimento baseado em observações ingénuas da realidade. Está frequentemente ligado a resolução de problemas práticos do quotidiano.
b) Saber Subjectivo. Construído com base em experiências subjectivas.
c) Saber heterogéneo. Resulta de sucessivas