Sensacionalismo - caso eloá
Por Líllian Couto
No artigo, o autor retrata os sequestros famosos que aconteceram no Brasil, principalmente o “Caso Eloá” e como a mídia fez a cobertura e transmitiu para a população. Além disso, ele analisa a relação entre a ética, a moral e o jornalismo, e como as emissoras brasileiras seguem estes preceitos diante de coberturas de grandes crimes como estes.
É perceptível que o trabalho do jornalista, em casos assim, passa por cima do que é considerado ético em nossa sociedade. Para as empresas jornalísticas, o que mais interessa é a audiência e consequentemente o lucro que certo assunto vai trazer à emissora, do que a informação que é transmitida ao espectador.
O autor trabalha bastante o conceito de Agenda Setting, como a forma que a mídia se utiliza para construir o cenário público – ela não só diz ao receptor “em quem pensar”, mas também “como pensar” e “o que pensar”. Assim, pode-se perceber que ela tem o poder acumulativo de manter determinado assunto em destaque por muito tempo de forma atrativa. Logo, o conceito de agendamento está relacionado com interesses do público, que são àqueles que geram maiores lucros, dão mais ibope e prendem a atenção do receptor por mais tempo.
Assim como o “Caso Eloá”, “Caso Isabela Nardoni” e “Sequestro do Ônibus 174” a mídia utilizou de meios apelativos para retratar os acontecimentos, ignorando completamente o que vem descrito no código de ética dos jornalistas. Em casos assim, os jornais em geral, utilizaram o lado emocional, com imagens e textos carregados de emoção, para chamar ainda mais a atenção do espectador. Além disso, antes mesmo de sair qualquer decisão judicial, a mídia já julgou os envolvidos na história. Esta atitude vem desde os primórdios acompanhando a televisão brasileira.
O sensacionalismo da TV em casos assim pode funcionar para “fazer justiça”. Segundo o autor, esta é