Senhor
O Mundo na Era da Globalização
Anthony Giddens
Capítulo 2
Risco
Afirma inicialmente que uma das conseqüências do desenvolvimento industrial pode ter sido a alteração no clima, e que não se sabe que outras mudanças teremos que suportar, ou os perigos que elas arrastarão consigo – mais na frente afirma que só saberemos com certeza absoluta quando já for demasiado tarde.
A noção de risco parece ter adquirido expressão durante os séculos XVI e XVII, com os exploradores /navegadores. Provavelmente de origem ibérica, onde a palavra era utilizada para caracterizar a navegação em mares ainda desconhecidos – incluía uma noção de espaço. Depois passou a ser utilizada pelo sistema bancário e de investimentos, passando a incluir a noção de tempo, indispensável para o cálculo das conseqüências prováveis de determinado investimento. Hoje se refere a uma enorme diversidade de situações onde existe incerteza.
A idéia de risco é inseparável das de probabilidade e de incerteza. Risco não é o mesmo que acaso ou perigo, refere-se a perigos calculados em função de possibilidades futuras.
Estar vivo já é por definição uma empresa arriscada.
O risco é a dinâmica estimuladora de uma sociedade empenhada na mudança, apostada em determinar o seu próprio futuro, em vez de depender da religião, da tradição ou dos caprichos da natureza.
A noção de risco deu início à criação de seguros. O Estado-providência seria, na sua essência, um sistema de gestão de riscos. O seguro seria a base a partir da qual as pessoas se preparam para assumir riscos. Aliás, para ele o seguro só tem sentido quando se acredita num futuro construído pelo homem. Conclui que as instituições que proporcionam segurança – seguros privados ou assistência social -, não fazem mais que redistribuir o risco.
Distingue dois tipos de riscos: exterior é o que nos chega de fora, das imposições da