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De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) (2010), nos últimos 15 anos poucos países cresceram tanto no comércio internacional do agronegócio quanto o Brasil. O País é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários. Além de liderar o ranking mundial de produção e exportação de café, açúcar, etanol e suco de laranja, o Brasil é o segundo maior no faturamento com as vendas externas do complexo de soja (grão, farelo e óleo).
Em 2011, um em quatro produtos do agronegócio em circulação no mundo eram brasileiros. Além disso, segundo as projeções do Ministério da Agricultura, até 2030, um terço dos produtos comercializados no mundo será proveniente do Brasil, em função da crescente demanda dos países asiáticos por alimentos (MAPA, 2011).
Com o crescimento das economias asiáticas nas três últimas décadas, em especial a chinesa, a travessia do oceano atlântico poderá aos poucos deixar de ser a principal rota logística das exportações agrícolas brasileiras. Prova disso é a consolidação dos dados de comércio exterior de 2009, em que a República Popular da China passou a ser o principal parceiro comercial do Brasil, tomando um lugar mantido por 80 anos pelos Estados Unidos (OLIVEIRA, 2010).
Utilizar o Oceano Pacífico como alternativa para escoamento e abastecimento do mercado nacional tornou-se importante não só pela expansão do mercado asiático, mas também pela importância em fortalecer parcerias e garantias de crescimento regional entre os países da América do Sul. Pensando nisso, há alguns anos, os governos do Peru e Brasil resolveram unir os interesses dos dois países através de um trecho rodoviário, a Rota Transoceânica.
A matriz de exportações brasileira é caracterizada por produtos de baixo valor agregado em que se destacam os minérios e os produtos agrícolas. Estima-se que somente o agronegócio represente mais de 33% das riquezas produzidas em território nacional, com a soja