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Este é o primeiro impasse, de uma sociedade marcada pela busca dos resultados imediatos. Então, é considerada importante a pesquisa do biólogo na busca da cura do câncer; na escola o garoto pergunta para que estudar isto se não vou aplicar na minha profissão?
Neste contexto, a filosofia seria "inútil": não serve para resultados imediatos. Mas afinal o que é filosofia? Para Platão, a primeira virtude do filósofo é admirar-se.
Quer dizer é a capacidade de problematizar, o que marca a filosofia não como posse da verdade, mas como sua busca. Para o filósofo alemão Kant, (Sc Xvll) "não há filosofia que se possa aprender: só se pode aprender a filosofar".
Isto significa que a filosofia é sobre tudo uma atitude, um pensar permanente. É um conhecimento instituinte, no sentido de que questiona o saber instituído.
A filosofia nos ensina a pensar criticamente é decidir racionalmente no que acreditar ou não acreditar. É usar nosso pensamento racional e ponderado para obtermos melhores resultados nas atividades que desenvolvemos no mundo. É saber julgar proposições, argumentos e opiniões e, através de investigação ativa, obter justificações para nossas decisões e crenças.
"Criticar" vem do grego "krísis, -eos, é", que significa o "exame"; o "crivo"; o "julgamento"; logo, a crítica provoca uma tensão como num julgamento, onde não sabemos para que lado penderá o nosso juízo , um conflito e, às vezes, uma ruptura com os parâmetros já estabelecidos pelos sistemas anteriores. O pensamento critico também é uma das principais formas de obtenção de conhecimento.
A filosofia espírita entra exatamente neste contexto com suas perguntas: Para que serve isto? De onde viemos? O que é o espírito? Ele existia antes do nascimento ou passou existir após este? Onde estava antes?
Por isso o espiritismo incomoda, pois é racional une Ciência, Filosofia e Religião em um corpo doutrinário que tem como principio a dúvida e o livre pensamento.
Não diz a