Semiótica de Pierce
Semiótica
A partir da filosofia greco-romana que tratava da teoria dos signos verbais e não verbais, surge a semiótica avant la lettre. A etimologia da palavra semiótica vem do grego semîon, que significa signo, e sêma que pode ser traduzida como sinal ou signo. Já a expressão francesa avant la lettre significa “antes do estado definitivo; antes do seu inteiro desenvolvimento ou antes de o termo existir”.
No decorrer das transformações históricas surgem diversas linhas de pensamento relacionadas à teoria dos signos. Durante os séculos XVII e XVIII a teoria da semiótica se desenvolve em três correntes filosóficas: racionalismo na França, empirismo na Inglaterra e o Iluminismo na França e na Alemanha.
No Racionalismo René Descartes (1596-1650) coloca o intelecto sobre a experiência, a teoria das ideias inatas e elimina o referencial. Optando pelo modelo diádico de signo, ou seja, uma coisa que representa (significante) e a outra que é representada (significado do signo), concepção da escola semiótica de Port-Royal.
Para Locke (1632-1704), Empirismo britânico, a distinção de signo se da em classes de ideias e palavras, as ideias são signos que representam as coisas em nossa mente enquanto que a palavra é a ideia em nossa mente, signos mentais.
A significação das palavras não vem (ou não vem apenas) da percepção das coisas, como Locke sugeriu, mas também do sistema da linguagem que gera as diferenças entre as palavras. Esta ideia é central para a semiótica linguística desde Sassure. (NÖTH, 2008)
Já no Iluminismo francês e alemão há a correspondência entre signo e mundo, expressões consideradas contrárias à ciência e a arte. Os signos passam a representar coisas por aproximação icônica. No século XVIII a estética que se estabelece como ciência da cognição perceptiva contrapõe à lógica. Essa concepção é decorrente da percepção de Baumgarten, para ele a estética significa “percepção dos sentidos”.
O estudo e desenvolvimento teórico