Semiótica da cultura

Semiótica da Cultura
Escola Russa (Tartu-Moscou)
Cultura é linguagem
Linguagem é um sistema de signos, portanto podemos perguntar que regras regem estes sistemas, qual sua ação na cultura?
Como se formam e constroem os sistemas?
Proposta
Descrever os elementos das manifestações da cultura: “textos”.
Como eles se relacionam para formar sentido?
Ver os sistemas sígnicos de naturezas diferentes: gestual, visual, sonoro, arquitetônico.
Cultura
Conjunto de informações que os grupos humanos transmitem, por meio de manifestações diversas como religião, arte, leis,
Forma um tecido semiótico, sobre o qual se assenta a vida social.
Informação não processada – sistemas organizados de informação – memória coletiva
Segundo Aran e Barei
A cultura “não é um depósito, mas um mecanismo, organizado e complexo, que recebe, traduz compacta e interpreta a materialidade produtiva que adota a função de signos”
Para Lotman
Conceito de dialogismo de Bakthin:
Um enxerga o outro a partir de si – o diálogo se dá a partir do que um e outro têm de diferente e de igual
A cultura se organiza a partir do encontro de estruturas externas que são “traduzidos” pra esta cultura a partir dela mesma
A cultura se auto-organiza criando novas regras de representação
Modelização
Sistema modelizantes de primeiro grau – língua natural e de segundo grau – sistemas auto regulatórios
A língua modeliza a realidade
“Define‑se [modelização] como o processo pelo qual o texto reproduz, através de mecanismos semióticos vários (como a transcodificação interna e a externa), um determinado modelo do mundo”.
“A semiótica da cultura não trata indistintamente de diferentes sistemas de signos, mas dos sistemas em relação à linguagem natural. Esta é um sistema modelizante primário dotada de estruturalidade; a partir dela é possível compreender outros sistemas da cultura, os sistemas modelizantes secundários.
À luz dos sistemas modelizantes secundários, a semiótica torna-se uma disciplina para o