Plano Cruzado
O ano de 1986 foi para o Brasil repleto de emoções. O país enfrentou agravamento da inflação, reforma econômica, eleição, comportamento inusitado da economia, dentre outros.
Em 1985 ocorreu a morte do Presidente eleito Tancredo Neves e então tivemos a posse do vice – presidente José Sarney na condição de presidente, iniciando então o período da chamada Nova República. O principal objetivo da Nova República era conter a inflação, que a partir de novembro de 1985 alcançou índices alarmantes, atingindo 17,8% em janeiro e 22,4% em fevereiro (Tabela 1; Gráfico 1 e 2).
Sob esse complexo cenário foi anunciado em 28 de fevereiro de 1986, o conjunto de medidas conhecido como Plano Cruzado. A análise dos resultados do Plano Cruzado está dividida em três períodos, divididos e caracterizados pela queda da inflação e excessos de demanda na economia; mobilidade do governo ante a escassez de produtos e por fim, seu fracasso como retorno das altas taxas de inflação.
Suas principais medidas foram as seguintes:
Congelamento de preços;
Substituição da moeda corrente do País, do cruzeiro para o cruzado;
Aumento salarial ( quando a inflação atingisse 20% ao mês).
Esse plano inicialmente apresentou bons resultados. Os aumentos da renda nominal e da renda real das famílias estimularam o consumo. O aumento do consumo estimulou a produção, e a geração de emprego cresceu. A elevação da oferta da oferta de emprego (tabela 2) fez crescer a renda familiar, o que também estimulou o consumo. O aumento do consumo fez melhorar as condições de vida das famílias, diminuindo a pobreza e a miséria.
Porém, passados alguns meses, o plano começou a apresentar muitos problemas, em boa medida relacionados com o crescimento do consumo, que aumentos por diversas razões:
Os salários foram corrigidos aumentando o poder aquisitivo do trabalhador (aumentou o salário real), o que foi reforçado pelos efeitos da queda brusca dos níveis de inflação;
Os consumidores que