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EROTIZAÇÃO PRECOCE E A INFLUÊNCIA MIDIÁTICA
Atualmente, as crianças são vistas como importantes consumidoras no mercado. Isso faz com que esse mercado se aproveite da inocência e falta de conhecimento das mesmas, envolvendo e seduzindo-as através da publicidade abusiva. Esse tipo de publicidade pode causar diversas consequências às crianças, como a obesidade infantil, o desgaste familiar, consumo precoce de álcool e a erotização precoce. De acordo com Santos (2009), a erotização é considerada precoce quando acontece antes da fase em que a criança estaria preparada para compreender corretamente um determinado estímulo. A sugestão ou o estímulo precoce a uma criança pode acarretar efeitos negativos a ela.
Alguns programas de televisão exploram a sexualidade das crianças através de concursos de danças com músicas e coreografias insinuantes, apresentadoras de programas infantis posam nuas em revistas, maquiagens para crianças estão cada vez mais sofisticadas, roupas e acessórios que se adequariam ao público adulto são produzidos para eles, e, principalmente, brinquedos são fabricados cada vez mais reais e “perfeccionistas”, como a Barbie, que passa a idéia de que as mulheres adultas podem ser o que quiserem: médicas, astronautas, bailarinas, desde que fossem magras e bonitas. Assim, a boneca passou a ditar os desejos dessas crianças, por acabar com a possibilidade do “ser” e passar valores que priorizavam o “ter”. Hoje, a estética da Barbie é imposta pela cultura da moda e pelas imagens publicitárias, mobilizando milhões de meninas e adolescentes a fazer de tudo para conquistar o corpo ideal, que é vendido como passaporte para a felicidade.
A mídia televisiva tem o poder de inventar e reinventar a realidade, criando uma “verdade” em torno de determinados temas, como questões de sexualidade. As crianças são seduzidas pelas imagens e por representações sobre esses temas, que são vivenciados de formas diferentes por meninos e meninas. Nela, encontramos diversos