Semiotica
A verdadeira origem da linguagem e os símbolos sempre tem sido um mistério para todas as áreas do conhecimento. Mesmo ainda não temos certeza quando foi que começamos a utilizar signos para nos comunicar, sabemos sim que quando isso aconteceu, aumentaram radicalmente os níveis de interação, o que trouxe mudanças determinantes na evolução da nossa espécie. As primeiras agrupações de indivíduos começaram adquirir progressivamente habilidades de comunicação que lhes permitiu ir atingindo uma maior e mais complexa interação, surgindo e se consolidando assim as primeiras formas de sociedade.
Neste sentido, a capacidade do homem de se comunicar por meio de signos começou a evoluir da mão da espécie humana, onde na atualidade o genoma humano tem muito que dizer em relação ao registro fóssil da espécie. Na última década do século passado, os científicos se perguntaram o seguinte: se já temos decifrado a linguagem da genética, porque não intentar conhecer a genética da linguagem? Esta pergunta levou ao descobrimento do gene “foxp2”, que se encontra diretamente relacionado com a capacidade de comunicação, especificamente com o uso de signos auditivos por meio da fala, é dizer, a linguagem. Os estudos dizem que esse gene evoluiu a partir de um grupo particular de genes que no início da historia dos vertebrados começaram a se especializar no controle dos músculos na área da cara e da boca. Os resultados genéticos indicam que este gene tem mudado em humanos mas nunca o tem feito em chimpanzés ou em outras espécies vertebradas que o possuem. Graças à habilidade da genética para “voltar no tempo” foi possível estabelecer a data do nascimento deste gene na espécie humana. Segundo a maioria dos estudos feitos, as primeiras manifestações de uma linguagem comum entre grupos de indivíduos estariam no nosso planeta há menos de 200.000 anos.
Num principio, a linguagem foi tanto uma ferramenta que estimulou o desenvolvimento social e tecnológico dos grupos