Semiotica Resenha "A matriz sonora e suas finalidades" de Lucia Santaella
Lucia Santaella começa o capítulo IV questionando a música como linguagem. Ela explica que com a expansão do estruturalismo linguístico nos anos 60 e 70 as formas de codificação e de comunicação humanas da linguagem não se restringem apenas ao verbo, a fala oral ou a escrita e sim a todos os tipos de sinais e signos. Ora, teóricos procuram agulhas em palheiros e enxergam pêlos em cascas de ovos quando querem. Presenciamos, na história da humanidade, inúmeros frustrados forjando evidencias para provar suas próprias teorias. Linguagem, em minha opinião se restringe apenas à comunicação. Não posso te pedir para fritar um ovo, ou me fazer um favor tocando um instrumento musical, e partindo do principio que a “linguagem” é a comunicação entre seres humanos, não acredito que a música seja uma linguagem e sim, algo muito mais complexo que isso: arte. A autora segue o capitulo explicando o artigo de George Springer, que segundo ela, fala sobre os paralelos e as divergências entre a língua e a música. Concordo com Springer em seu artigo, onde segundo Lucia, ele quer dizer “embora língua e música sejam sistemas de expressão, só a língua se constitui em sistema de comunicação, pois à música faltam os sentidos dicionarizados”. A autora segue os próximos parágrafos explicando livros e teóricos que criticam ou apoiam a música como linguagem, mostrando sua opinião e a dos teóricos sobre a discussão, que a meu ver, não é concluída neste livro. Seu objetivo provavelmente seja de nos fazer refletir a respeito com as informações por ela coletadas, e não chegar a uma conclusão exata. Seguindo sua análise sobre ícone, signo e índice, Santaella explica que Peirce separa o signo em três classes: I - quali signo icônico, remático. II – sin signo indicial, discente III – legi-signo simbólico, argumental. Segundo a autora,