Desigualdade Social - Rousseau
A sociedade vem sofrendo mudanças desde a Primeira Revolução Industrial, que se caracteriza pela transição de um período de economia agraria para nossa economia atual, a industrial. Com esta revolução foi-se dando adeus ao feudalismo e boas vindas ao capitalismo. Sistema este que se consolidou entre os séculos XV e XVIII, com o chamado Mercantilismo em sua fase inicial.
Sendo o capitalismo um sistema socioeconômico que reconhece direitos individuais, nele toda e qualquer propriedade é privada, podendo pertencer ao Estado ou a um indivíduo. Em sua essência tem-se o aumento dos rendimentos, o capital. Este tanto pode estar distribuído como concentrado, o que depende de condições particulares de cada sociedade.
No capitalismo encontra-se o poder do Estado sobre os indivíduos, chamado de soberania, que segundo Rousseau é responsável por delimitar o bem da comunidade. É expressa pelo governo e representa a vontade geral e assim todos os cidadãos possuem um poder soberano, pois cada membro da sociedade pode promover a segurança e a igualdade do grupo em si. Todos os integrantes da sociedade devem exercer uma função legislativa, e deste modo respeitará uma vontade comum e objetiva.
Rousseau diz que a vontade geral é a expressão da voz da maior parte dos cidadãos, os desejos individuais ficam em segundo plano e a vontade coletiva em primeiro. O governo tem que estar na soberania popular, com leis estabelecendo limites para o bem comum e a liberdade moral. O filósofo não acredita na democracia verdadeira, mas mesmo assim procura conciliar aspectos a liberdade, o direito e a soberania popular.
Mas a liberdade efetiva só é possível na organização social que garante a virtude mediante leis já estabelecidas.
O governo baseado no contrato social não tira a liberdade, porque ele assegura os direitos civis, garantindo a liberdade no nível mais alto. Ser livre não é como a independência do estado de natureza em sociedade, a liberdade e a