Seminário Auguste Comte
Ocorreu após as grandes transformações iniciadas no séc. XVII com o declínio do conhecimento religioso e a constituição de uma nova forma de conhecimento – o conhecimento científico. No séc. XVIII duas grandes revoluções (a Revolução Francesa e a Revolução Industrial) consolidam estas mudanças (que caracterizam a passagem da sociedade feudal para a sociedade capitalista) iniciando um novo período marcado pelo cientificismo e pela racionalidade. No séc. XIX com a eclosão de graves problemas sociais e uma maior visibilidade das desigualdades sociais surge o “social” enquanto um problema a ser investigado e analisado, buscando a reorganização da vida social. Isto se constituiu num grande desafio para os cientistas da época:
Os primeiros sociólogos construíram conceitos voltados para a tentativa de interpretar por critérios científicos a realidade social. Esse foi o primeiro embate vivido por tal ciência, que é uma das marcas centrais do mundo ocidental moderno, uma vez que o passo a ser dado implicava superar, por meio da razão, os ditames colocados pelos ensinamentos do senso comum, que até então dominavam a maior parte das interpretações e explicações sobre o sentido da ação coletiva humana.
CONTEXTO HISTÓRICO
Auguste. Comte (1798-1857) nasceu em Montpellier, França, de uma família católica e monarquista, mas muito cedo vai para Paris — em 1814, como aluno da Escola Politécnica — cidade na qual permanecerá a maior parte de sua vida.
Foi em Paris que ocorreram os dois encontros que iriam determinar as duas grandes etapas da sua obra. Em 1817, um ano depois de sair da Escola Politécnica, da qual foi expulso, Comte conheceu H. de Saint-Simon (1760-1825), de quem se tornou secretário e colaborador até 1824, quando ocorreu a ruptura definitiva entre os dois pensadores.
Em outubro de 1844, aos 47 anos, Comte experimentou o segundo encontro fundamental de sua vida, o encontro com a mulher que viria exercer sobre seus sentimentos,