Seminario de turismo
(TURISMO ECOLÓGICO E RURAL) – PLURATIVIDADE
O turismo não é e nem pode ser visto apenas como uma atividade econômica. É também uma atividade carregada de signos, representações, resistência e de valores sociais. Mas da mesma forma que traz o desenvolvimento e o crescimento dos lugares, traz também destruição da natureza, das comunidades locais e das tradições.
Refletir sobre os temas que se entrecruzam quando se estuda o uso e a ocupação do espaço turístico é, em primeira instância, um exercício intelectual que pode valer-se das mais variadas contribuições de ciências afins à Geografia.
Turismo, espaço e estratégias de desenvolvimento local / Anderson Pereira Portuguez, Giovanni de Farias Seabra, Odaléia Telles M. M. Queiroz (Organizadores).- - João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2012.
SETOR BONFIM
A Fazenda Bonfim ou Fazenda da Palha foi formada por diversas propriedades que foram sendo compradas, desde o final do século XIX, pelo Banco Construtor do Brasil, pertencente à família Sampaio (croquis de indicação das terras do Banco Construtor do Brasil, organizado por Alcibíades Kozlowski, 1933). Essa grande fazenda passou por uma fase pujante e foi entrando em processo de decadência. Não é sabido que tenha havido desmembramento entre os herdeiros. O que ocorreu foi um progressivo abandono das terras e um progressivo processo de ocupação e apossamento iniciado pelos próprios empregados da fazenda. No início da década de 1940, a Fazenda Bonfim começou a apresentar sinais de decadência e foi sendo abandonada pelos proprietários que passaram a se ausentar da área por períodos cada vez mais longos. Os salários atrasaram, o “barracão” deixou de vender fiado e em pouco tempo fechou suas portas. Muitos empregados deixaram a área nessa ocasião, indo buscar trabalho em propriedades vizinhas. Outros, proletários rurais, privados do soldo mensal, passaram a explorar a terra para extrair seu sustento, constituindo-se, com