TURISMO
20 e 21 de setembro de 2010 – Universidade Anhembi Morumbi – UAM/ São Paulo/SP
Bases Teórico-Filosóficas do livro O Pós-Turismo de Sérgio Molina
Do pensar histórico á negação do pós-turismo.
João dos Santos Filho1
RESUMO
Iniciamos a discussão do “Pós-turismo” buscando explicitar o método que Molina usou para criar tal conceito e demonstrar como o mesmo contribui para o empobrecimento científico e acadêmico da teoria do turismo, evidenciando que a criação desse conceito aplica-se como uma construção voltada para o mercado e não para o saber turístico.
Com a ajuda dos métodos sociológicos (funcionalismo, estruturalismo e materialismo histórico) podemos identificar como o autor constrói sua visão de mundo e limita a formulação do conceito de pós-turismo empobrecido pela falta de uma formulação histórica para se render a uma visão puramente empirista de fundo economicista. Perdese a preocupação epistemológica para dar lugar aos ensinamentos de auto-ajuda do empreendedorismo salvatério.
Palavras-chave: Pós-turismo. Funcionalismo.
Estruturalismo. Neoliberalismo.
Positivismo.
Introdução
Com a pós-modernidade, rompe-se discursivamente com as cadeias que prendem os sujeitos aos limites da razão moderna: irracionalidade, subjetividade, particularismos deixam de serem expressões de protesto contra todo o totalitarismo para ganhar status de elaboração e de concepção (LOMBARDI, 2003, p. XXXIII).
Desenvolvemos o presente estudo seguindo a divisão organizacional e formal dada pelo próprio Sérgio Molina em seu livro ”Pós–turismo”, para podermos assim, buscar entender os fundamentos ideológicos do pensamento do autor. Nossa intenção se prende no campo epistemológico, para compreender melhor o fenômeno turístico e pela necessidade de cultivar uma postura constante de discussão teórica desta temática entre estudiosos do fenômeno.
Com isso, estamos avançando para um debate