semana de arte moderna
No início do século XX, cresceu a urbanização brasileira, em decorrência do começo do desenvolvimento industrial. A classe dominante era composta por uma burguesia industrial, pelos banqueiros e pelos grandes proprietários rurais. O operariado constituído basicamente por imigrantes estrangeiros e trabalhadores brasileiros que deixavam o campo tinham salários baixos e, por isso, alimentavam-se mal e moravam em habitações precárias.
Ao longo da década de vinte do século XX, a conjuntura internacional e as questões nacionais propiciaram a crise do Estado oligárquico, que veio a cair em 1930, com a Revolução de outubro.
Nesse período, ocorreu o fortalecimento da burguesia industrial paulista, que discordava do domínio da oligarquia do café. Nessa década, os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário, e do qual, não se sabia ao certo o rumo a ser seguindo.
O descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado no campo da literatura, com maior ênfase na poesia. Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade e Manuel Bandeira. Na pintura destacou-se Anita Malfatti, que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917, cujas obras, influenciadas pelo CUBISMO, EXPRESSIONISMO E FUTURISMO, escandalizaram a sociedade da época. Monteiro Lobato não poupou críticas à pintora, contudo, este episódio serviu como incentivo para a realização da SEMANA DE ARTE MODERNA.
A Semana, na verdade, foi a explosão de ideias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na