Semana de arte moderna - di cavalcanti
Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura. O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo a ser recebido com curiosidade ou interesse.
-------------------------------------------------
Participaram da Semana nomes consagrados do Modernismo brasileiro, como Mário e Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia
“Ao contrário do que fazia Tarsila, que destacava as formas e construía o espaço pela organização entre elas, Di Cavalcanti busca um outro caminho. A geometrização das formas por ele exercida não será suficiente para eliminar a divisão figura e fundo, levando-o a recorrer também à cor. De início, quase pela sua ausência, ou seja, buscando a integração pela monocromia. Posteriormente, a solução será o oposto, uma vez que procurará pela utilização crescente de uma intensa cromatização o efeito de unidade.
Na tela ‘Samba’, de 1925, percebe-se uma transição entre essas duas soluções. É curioso notar que as duas figuras centrais da pintura eram originariamente nuas, e que as roupas colocadas procuram introduzir pela cor uma unidade que independa da construção por volumes. Nessa pintura, como na maior parte da obra de Di Cavalcanti, a mulher é o personagem central. No entanto, não será a figura da mulher no sentido do belo ideal, que de uma certa maneira a fase clássica de Picasso