Semana da Arte Moderna
Monumento as Bandeiras no Parque Ibirapuera. Foto Henrique Boney. 2012 Com a chegada de Victor Brecheret, um grupo de jovens paulistas com ideais futuristas, perceberam a necessidade de mudança e renovação no país. Foi então organizado um evento, com o proposito de chamar a atenção do público cultural aos novos propósitos da arte moderna. Durante três dias, 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922,o nobre espaço do Teatro Municipal de São Paulo abrigou a nova estética modernista. As sessões literárias foram divididas em leitura de poemas e musicais, palestras sobre arte moderna, e exposições de artes plásticas. O grande intuito dessa manifestação cultural era abalar os padrões estéticos e linguísticos da arte e literatura da época; deixando de lado o conservadorismo que circulava no contexto cultural brasileiro. A Semana de Artes Modernas causou grande impacto sobre a sociedade artística. Muitas contradições foram ocasionadas pelo preconceito de inovação da arte moderna no país. Em linhas gerais, muitos artistas foram criticados drasticamente por suas obras, pois fugiam dos ideais assim ditos “parnasianos”, adotando a postura evolutiva e tecnológica do cenário social da época.
As Senhoritas de Avignon (Les demoiselles d'Avignon
Anita Malfatti "Tropical"
Heitor Villa-Lobos
Os Sapos - Manuel Bandeira
“Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço