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O documentário Fahrenheit 9-11 e sua possível influência nas eleições americanas
Neste começo de verão, aqui nos Estados Unidos, o filme que começou no topo da audiência foi não um filme de aventuras, nem de ficção científica, nem de trama internacional, nem de comédia, nem de tragédia. Foi um filme que reuniu todas estas características e mais algumas outras, em forma de documentário. O filme é Fahrenheit 9-11, escrito, dirigido e produzido por Michael Moore, e estrelado por, entre outros, George W. Bush, Osama Bin Laden, Saddam Hussein, os moleques barbudos do Taliban, papai Bush, figurões da política americana, etc. Enfim, aquela turma toda que aparece na televisão com uma freqüência irritante. Até o Michael Moore aparece, só que muito menos que em outros filmes seus.
O nome do filme, para os que não se lembram, vem daquele filme dos anos 70, Fahrenheit 451, que vem do livro do mesmo nome escrito por Ray Bradbury. Em Fahrenheit 451, as pessoas vivem num tempo em que as casas são todas iguais, todas ligadas através de um sistema de televisão, e os cidadãos não têm o direito de ler. Todos os livros estão sendo queimados. Em suma, este filme e o livro do qual se origina se relacionam com a série de livros que apresentam o mundo como um lugar distópico, da linha de 1984 de George Orwell, e de Admirável Mundo Novo, de Aldoux Huxley, entre outros. A ditadura, nestas obras, não controla somente o corpo, mas se apossa da mente das pessoas. Em Fahrenheit 451, com a proibição da leitura, as pessoas ficam à